terça-feira, 27 de julho de 2021

Semeando a Morte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Semeando a morte

 

 

 

 

 

 

 

Tratamento 2

 

Um roteiro de Hugo

Hugo Barbosa da Silva

nadal.goular@gmail.com

sem registro oficial, apenas em meu blog

https://contosdenadal.blogspot.com



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Semeando a morte”

 

 

 

1    EXT MEIO DO CAMPO VEGETAÇÃO DOS PAMPAS DIA

 

ao longo do campo anda um homem aparentando uns 40 anos, forte a passos largos, roupas rústicas da fazenda e levando consigo um saco no ombro, jogado pra trás

câmera afasta mostrando a vastidão do terreno íngreme e o personagem subindo

 

2    EXT UM CASEBRE RÚSTICO OU PEQUENO CELEIRO, LUZ DO SOL ENTRANDO ENTRE AS FRESTAS DAS LARGAS TÁBUAS

 

dentro de um casebre ou celeiro a porta abre bruscamente

RICO, o homem, nitidamente ofegante com a caminhada rápida mais o peso do saco nas costas olha ao redor

ferramentas de uma fazenda comum, pás, foices, martelo, etc

aparentemente ordem,  não parece tocada a alguns dias

ele sussurra sozinho:

  • ...desgraçado, achou que podia me ganhar… agora vai ver que eu uso mais o cérebro do que eles pensam...

ele deita uma tela que estava escorada na parede no chão a frente da porta

pega um machado, escora atrás da porta

espalha o conteúdo do saco que trazia por cima da tela

era uma grande mistura, pedaços de grama arrancados a mão, algumas flores e uns cogumelos de diversos tipos misturados com um pouco de terra

ele fecha a porta

olha pra ela fechada e abre uma pequena fresta

crava uma lasca de madeira no chão, entre a porta e a pilha de entulhos

fica atrás da porta

pega o machado na mão

fica em silêncio

nada acontece

a respiração dele vai voltando ao normal

ele fica observando os objetos ao redor da tela

como se planejasse algo a mais

força ele tinha de sobra, queria treinar a astúcia

fica ali parado só olhando

pelas frestas das tábuas a pouca luz que entra se percebe o sol se movendo no céu e as horas passando

ele mal se moveu

sua pupila dilata

as narinas abrem

ele ouve algo

um grunhido forte e uma respiração ofegante se aproxima a passos largos

ele escora o machado no chão ao seu lado

fica mirando a pilha de entulho

o barulho da rua aumenta

aumenta

a porta abre forte, bateria pra trás

a porta é parada pela lasca de madeira cravada ao solo

entra um pequeno javali e começa a fuçar a pilha de entulho

ele olha pelas frestas pra rua e logo ouve outro se aproximando

porém bem maior

espera entrar e ficar perto do entulho

os dois porcos estão por cima da tela, revirando aquela pilha de bagunça que estava dentro do saco

ele olha para a rua novamente e vê a vegetação voltando a subir depois das pisadas fora de ordem dos dois porcos que vieram quase correndo

nada mais se aproxima

ele discretamente fecha a porta

os animais não percebem nada

ele pega o machado pela lâmina

estica o cabo e liga um interruptor

a tela abaixo dos porcos se eletrifica e eles são lentamente travados pelo choque

tremem por alguns segundos e caem deitados de lado

o javali maior nitidamente é uma fêmea com as tetas cheias de leite

o pequeno pode ser seu filho

ele pisa de leve na tela e percebe que não está mais eletrificada

desliga o interruptor

amarra os dois pelas patas de trás

passa a corda por cima de uma madeira que corta o telhado todo e os pendura de cabeça pra baixo

fura seus pescoços com uma chave de fenda para o sangue escorrer

 

3    INT OUTRO COLEIRO BEM MAIS ESPAÇOSO, ALGUMAS VACAS

 

GIULIA, uma jovem, 25 anos, tirando leite da vaca e ouvindo a história de RICO, em pé



  • ...e foi assim que eu matei a bateria do trator, mas já coloquei pra carregar.

 A menina se levanta da posição daquela vaca, recolhe o balde com pouco leite e se      direciona a próxima vaca, falando:

  • Não era mais fácil ter dado um tiro neles 2?
  • E qual graça teria fazer tudo sempre igual?

Ela para a ordenha e olha friamente para ele:

  • Tenho certeza que fez algo mais de errado fora ter deixado o trator inútil por um dia todo… como sabe que pegou todos? se tiver mais algum deles destruindo a lavoura, fez tudo isso em vão…
  • Eu pensei em tudo! Uma porcona dessas tem 6 filhotes, no máximo, pq tem 6 tetas. Achamos 3 crias dela mortas na lavoura que foi destruída, os cachorros do vizinho matou mais 2. Esse foi o último filhote da ninhada. Matei o filho e a mãe. Fim das lavouras destruídas...

a menina segue ordenhando e pergunta:

  • ...os filhotes deveriam ter um pai…
  • Era o Rocha! Ele já morreu no ano novo!
  • ...o porco do vizinho do outro lado do rio engravidou uma javali selvagem desse lado do rio??? Como isso???

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Semeando a morte

 

 

 

 

 

 

 

Tratamento 2

 

Um roteiro de Hugo

Hugo Barbosa da Silva

nadal.goular@gmail.com

sem registro oficial, apenas em meu blog

https://contosdenadal.blogspot.com



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Semeando a morte”

 

 

 

1    EXT MEIO DO CAMPO VEGETAÇÃO DOS PAMPAS DIA

 

ao longo do campo anda um homem aparentando uns 40 anos, forte a passos largos, roupas rústicas da fazenda e levando consigo um saco no ombro, jogado pra trás

câmera afasta mostrando a vastidão do terreno íngreme e o personagem subindo

 

2    EXT UM CASEBRE RÚSTICO OU PEQUENO CELEIRO, LUZ DO SOL ENTRANDO ENTRE AS FRESTAS DAS LARGAS TÁBUAS

 

dentro de um casebre ou celeiro a porta abre bruscamente

RICO, o homem, nitidamente ofegante com a caminhada rápida mais o peso do saco nas costas olha ao redor

ferramentas de uma fazenda comum, pás, foices, martelo, etc

aparentemente ordem,  não parece tocada a alguns dias

ele sussurra sozinho:

  • ...desgraçado, achou que podia me ganhar… agora vai ver que eu uso mais o cérebro do que eles pensam...

ele deita uma tela que estava escorada na parede no chão a frente da porta

pega um machado, escora atrás da porta

espalha o conteúdo do saco que trazia por cima da tela

era uma grande mistura, pedaços de grama arrancados a mão, algumas flores e uns cogumelos de diversos tipos misturados com um pouco de terra

ele fecha a porta

olha pra ela fechada e abre uma pequena fresta

crava uma lasca de madeira no chão, entre a porta e a pilha de entulhos

fica atrás da porta

pega o machado na mão

fica em silêncio

nada acontece

a respiração dele vai voltando ao normal

ele fica observando os objetos ao redor da tela

como se planejasse algo a mais

força ele tinha de sobra, queria treinar a astúcia

fica ali parado só olhando

pelas frestas das tábuas a pouca luz que entra se percebe o sol se movendo no céu e as horas passando

ele mal se moveu

sua pupila dilata

as narinas abrem

ele ouve algo

um grunhido forte e uma respiração ofegante se aproxima a passos largos

ele escora o machado no chão ao seu lado

fica mirando a pilha de entulho

o barulho da rua aumenta

aumenta

a porta abre forte, bateria pra trás

a porta é parada pela lasca de madeira cravada ao solo

entra um pequeno javali e começa a fuçar a pilha de entulho

ele olha pelas frestas pra rua e logo ouve outro se aproximando

porém bem maior

espera entrar e ficar perto do entulho

os dois porcos estão por cima da tela, revirando aquela pilha de bagunça que estava dentro do saco

ele olha para a rua novamente e vê a vegetação voltando a subir depois das pisadas fora de ordem dos dois porcos que vieram quase correndo

nada mais se aproxima

ele discretamente fecha a porta

os animais não percebem nada

ele pega o machado pela lâmina

estica o cabo e liga um interruptor

a tela abaixo dos porcos se eletrifica e eles são lentamente travados pelo choque

tremem por alguns segundos e caem deitados de lado

o javali maior nitidamente é uma fêmea com as tetas cheias de leite

o pequeno pode ser seu filho

ele pisa de leve na tela e percebe que não está mais eletrificada

desliga o interruptor

amarra os dois pelas patas de trás

passa a corda por cima de uma madeira que corta o telhado todo e os pendura de cabeça pra baixo

fura seus pescoços com uma chave de fenda para o sangue escorrer

 

3    INT OUTRO COLEIRO BEM MAIS ESPAÇOSO, ALGUMAS VACAS

 

GIULIA, uma jovem, 25 anos, tirando leite da vaca e ouvindo a história de RICO, em pé



  • ...e foi assim que eu matei a bateria do trator, mas já coloquei pra carregar.

 A menina se levanta da posição daquela vaca, recolhe o balde com pouco leite e se      direciona a próxima vaca, falando:

  • Não era mais fácil ter dado um tiro neles 2?
  • E qual graça teria fazer tudo sempre igual?

Ela para a ordenha e olha friamente para ele:

  • Tenho certeza que fez algo mais de errado fora ter deixado o trator inútil por um dia todo… como sabe que pegou todos? se tiver mais algum deles destruindo a lavoura, fez tudo isso em vão…
  • Eu pensei em tudo! Uma porcona dessas tem 6 filhotes, no máximo, pq tem 6 tetas. Achamos 3 crias dela mortas na lavoura que foi destruída, os cachorros do vizinho matou mais 2. Esse foi o último filhote da ninhada. Matei o filho e a mãe. Fim das lavouras destruídas...

a menina segue ordenhando e pergunta:

  • ...os filhotes deveriam ter um pai…
  • Era o Rocha! Ele já morreu no ano novo!
  • ...o porco do vizinho do outro lado do rio engravidou uma javali selvagem desse lado do rio??? Como isso???

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Uma Jovem Adulta

      Uma mulher de 25 anos deveria estar no auge sexual na minha vida mas sou uma completa frustrada. Nem sei ao certo se tem alguma tipo de fantasia sexual e também não sei se tivesse alguma conseguir algum dia realizar. Não tenho saco para ligar com homens que tentam realizar antes de tudo a sua própria necessidade e depois desmaiam dormindo por horas.

Ser mulher nessa época realmente é uma merda, ou eu estou bem despreparada…

      Gostaria de realmente de ser incentivada sexualmente e logo em seguida tivesse algum prazer em realizar fantasias de companheiros por aí, ao invés de ficar lendo histórias que todas me parecem muito mentirosas sobre tal assunto.

      Comecei até mesmo a frequentar recentemente uma espécie de “terapia de grupo sexual”,  não que a ideia seja fazer sexo grupo mas sim que um grupo de pessoas igualmente frustrada sexuais e batem sobre o assunto que não sabem e tentam achar uma solução de algo que nem sequer eles entendem como um problema. Entre uma e outra história eu tenho que segurar a risada, pois os relatos são tão absurdos quanto a imaginação de uma criança de 5 anos conseguiria criar durante uma tarde de brincadeiras. Realmente são pessoas que não sabem o que estão falando ou não fala o que estou fazendo. 

      Conheci até mesmo uma carinha bem interessante e me deu uma certa vontade de conhecer mais profundamente…Em poucas frases que trocamos acabei descobrindo que apenas mais um imbecil que se acha porque tenho um membro bem avantajado comparado com a média nacional.  Resumindo: apenas mais um idiota! Fiquei refletindo o quanto o membro sexual masculino torna o homem geralmente um completo babaca de ontem e fiquei pensando realmente se aquilo tinha alguma utilidade para quem quer transar e não ter filhos.

      Foi quando comecei, ao invés de reparar nos homens no grupo vendo a reparar em uma garota que me atraiu fisicamente pois tinha um olhar um sorriso muito bonito. Mãos delicadas vírgulas gordinhas e pouquinho e pelo seus relatos demonstrava ser bem carinhosa (coisa que os homens raramente são). Acho que acabei encontrando a parceira correta para essa minha nova aventura de auto descobrimento.

      Começamos uma relação bem legal divertida e animada além de algumas interessantes descobertas sexuais dos nossos próprios corpos.  pagamos um preço alto por isso pois nenhuma de nós duas tinha vergonha de expor em público o prazer que era  estar vivendo aquela aventura emocional e física. Os olhares de pessoas desconhecidas nas ruas sempre constrangedores, muito mais para quem olhava e fazia cara de bunda do que para nós duas. Nós até nos divertimos rindo de volta para esse bando de gente que não entende o que de fato é uma relação amorosa nos dias de hoje. Não que algum dia tenham percebido o amor acima das relações pseudo aceita socialmente, mas é o dia de hoje que realmente se trata a minha história. Mesmo nós duas tendo uma relação homossexual acabou se finalizando exatamente como tantas relações heterossexuais pelo mundo: uma pessoa trai a outra e a relação foi se desgastando até acabar em lágrimas e indiferença, cada uma de um lado  da briga.

      Acabei passando meses aquele grupo de auto ajuda e eu voltei ao mesmo ponto inicial de partida, estando sozinha.  a grande diferença disso tudo é que eu percebi que não preciso mais o sexo para viver e de fato nunca precisei. Me entendi como um ser humano assexuado e isso não importa nem um pouco para o mundo em que se vive, importa somente para a pessoa a qual se pretende ter uma relação amorosa nos tempos de hoje....Como nos dias de hoje o amor não existe mais ver na vamos pulando de fracasso em fracasso de relacionamento e a vida segue o fluxo normal.

      Ninguém fica sabendo que se passa e todo mundo finge ser feliz! 

 


sexta-feira, 2 de julho de 2021

A vida segue em 2021

Fico pensando até que ponto as influências fora da nossa vida realmente tem relevância
Digo fora da nossa vida pois cada ser humano tem um corpo e uma vida própria e característica de suas construções desde o parto até agora
Esse ponto do agora pode ser muito relativo
Mas fico pensando realmente quantas esperanças de um mundo melhor eu tive nessa vida
E quanto foi apenas mais uma dependência química cerebral de uma pessoa que realmente não tem nada a ver comigo
Só que eu, igualmente carente, Caio nesse papo furado de sempre
O amor blá blá blá, relações estáveis blá blá, sentimentos humanos blá blá blá
Frases e percepções essa de pessoas que eu nem sequer tenho certeza que são humanas
Parece muito mais vampiros emocionais do século 21
Onde uma maldita postagem
E o maldito status vale mais do que o mundo real
E eu me sinto um velho tararaca falando isso
Mas geralmente as pessoas que eu convivi tinham esses problemas mentais
Eram mais velhas do que eu
Velhas que eu digo de tempo sobre a face imunda da terra
O que torna essa relatividade de tempo e ou idade
Ligada as redes sociais muito mais relativa do que o normal
Mas elas vem do nada
Acham que podem levar partes boas de ti ainda
Como se ainda tivesse resultado uma peça boa nesse ferro velho da vida
Ainda ficam garimpando boas coisas para serem vampirescamente sugada
Quando percebem que não há mais nada
Que toda sua carne já virou um grande calo de tanto apanhar
Desaparecem tão rapidamente quanto surgiram na tua frente
Ou na tua porta, depois de anos de silêncio e clausura
Não me importo realmente com isso
Acho tudo essa trama da dramaturgia na vida real
Acho ela bem realmente previsível e preguiçosa de se atualizar
Fico realmente mais indignado quando vem uma pessoa que te conhece
E faz 2 ou 3 trejeitos da vida falsa que pensam ser verdadeira
Aquela clássica mentira travestida de realidade
Fazem todo uma teatral cidade em cima de alguns fatos irrelevantes para o contexto geral
Fazem um teatro em cima de poucas vírgulas
E mesmo assim em 2021
Ainda existem pessoas inocentes que acham que pode enganar um animal
Igual eu
Que praticamente colonizei esse mundo do século XXI
Acham que podem enganar
Alguém que inventou a mentira ao seu próprio modo
Nesse ponto da história, bem verdade que mentiras e verdades ja nem fazem lá muita diferença
O que me irrita é as pessoas acharem que são malandras
Na verdade tem um ditado muito popular falando sobre isso no Brasil:
" problema do malandro é achar que só a mãe dele teve filho esperto"
E realmente a minha mãe não teve um filho nem um pouco esperto
Que fui eu
Bem inocente em inúmeros aspectos da vida
Mas a vida que tanto bate ensina a apanhar
E em 2021 já apanhamos demais
Chega de falsidades ideológicas e falsidades emocionais
Quando começarem a ser tratada como apenas mais um cocozinho rolando pela terra devastada comecem a falar comigo
Antes de perceber o quão insignificantes são perante o resto todo
Podem continuar mentindo para si mesmos achando que são importantes
E não são
Ninguém é
E amanhã o sol vai nascer exatamente igual nasceu nos últimos milhões de anos
Nada mudou 
A vida segue