sexta-feira, 24 de maio de 2019

Jolene

Jolene, Jolene, Jolene, Jolene
Estou implorando pra você, por favor, não tome o meu homem
Jolene, Jolene, Jolene, Jolene
Por favor, não tome apenas porque você pode

Sua beleza é incomparável
Com flamejantes cachos de cabelo castanho avermelhado
Com pele de marfim e os olhos verde esmeralda
Seu sorriso é como um sopro de Primavera
Sua voz é macia como chuva de verão
E eu não posso competir com você, Jolene

Ele fala-lhe em seu sono
E não há nada que eu possa fazer para evitar
Chorar quando ele chama o seu nome, Jolene
E posso compreender facilmente
Como você poderia facilmente levar o meu homem
Mas você não sabe o que ele significa para mim, Jolene

Jolene, Jolene, Jolene, Jolene
Estou implorando pra você, por favor, não tome o meu homem
Jolene, Jolene, Jolene, Jolene
Por favor, não tome apenas porque você pode

Você poderia ter sua escolha dos homens
Mas eu nunca poderia amar novamente
Ele é o único para mim, Jolene
Eu tinha que ter esta conversa com você
Minha felicidade depende de você
E que, independentemente do que decidir fazer, Jolene

Jolene, Jolene, Jolene, Jolene
Estou implorando pra você, por favor, não tome o meu homem
Jolene, Jolene, Jolene, Jolene
Por favor, não tome, embora você possa
Jolene, Jolene

Dolly Parton


quinta-feira, 23 de maio de 2019

A carioca

Existem lendas sobre cariocas
Eu morando no sul
Cariocas moram onde já foi centro do país
Capital política e financeira durante uns 300 anos
Cidade maravilhosa
Tão violenta quanto qualquer outra
Possivelmente onde mais exista disparidade socioeconômica no país
Mas com lindas praias
Cartões postais mundiais
E belas mulheres
E vamos a carioca que conheci
Ela veio ao sul estudar
Mal acabara o verão e ela reclamava do frio
...nem imagina o que a aguardava!
Conheci ela nos aplicativos onde se conhece muita gente online, e muito poucas na vida real
Mas essa eu conheci
Um dia, durante a semana, peguei o ônibus com ela
Conversamos
Converso boa e um sotaque lindo, tornando fofo até mesmo um relato de incêndio,  caso ela me descrevesse um
Ela era alta, praticamente a minha altura
1,85 é para poucas pessoas
Magra, seios firmes e duros
Bunda média e bem dura
Pernas lindas e compridas
Rosto lindo e cabelos curtos, mal alcançavam o queixo
Sempre tinha visto o sotaque nos filmes, mas pela primeira vez ao vivo
Fui com ela até a universidade
Os pátios respiram com jovens entusiasmados
Todos sustentados pelos pais
E matando tempo para ter um diploma
Eu apenas queria beijar aquela boca e sentir o gosto daquela buceta
Consegui bem fácil
Consegui excitar ela falando algumas safadezas no ouvido dela
Enquanto a masturbava, discretamente, sentados nós no banco em meio ao pátio
Muitos indo e vindo nos interrompiam a todo momento
Me deixando ainda mais excitado
Me sentia adolescente
Não o travado e fracassado que fui
E sim o transborde hormonal que deveria ter sido
Amassos, beijos molhados e meus dedos pingando suco de buceta
Aquele gemido vinha com o sotaque lindo dela
Eu estava mega tarado por aquilo
Mais tarde fui a cada dela
Escada de mármore
Lareira
Umas quinquilharias velhas que pareciam caras
A casa nem era dela, mas era bem caro morar ali
A família e o mundo em que ela vivia era bem mais rico que o meu
Tivemos umas 3 transa boas até vir a excelente
Dias depois, na minha casa
Amassei ela até não poder mais
Me esfreguei nela até nossas roupas caírem sozinhas no chão
Sem afrouxar cinto nem soltar cadarço
Pareciamos uma borboleta se livrando do escafandro já desvalidado ao tirarmos as roupas
Eu estava semi duro
Ela bem molhada
Montou em mim, mas não  encaixou pau e buceta
Montou em mim amassando meu pau apontando pra cima
E usando a parte lisa de baixo para masturbar se clitóris
Eu parei pra assistir aquilo
Era lindo
Ela se tremendo e molhando minhas bolas
A buceta dela tem cheiro forte, dominou todo o ambiente
Eu deitado, parado, com as duas mãos atrás da cabeca
Apenas admirava aquele ballet por cima de mim, o cheiro e a umidade de tudo
Eu sorri de tesão vendo aquilo
Ela viu meu sorriso
-"...desculpa não meter, logo faço, só deixa eu curtir mais um pouco assim..."
Disse ela quase chorando de gozar, sentindo meu pau endurecer totalmente naquilo
Eu rapidamente respondi, igual o Capitão Steve Rogers:
-Eu aguento a tarde toda aqui te ver gozar assim, nao tenho pressa nenhuma...
Ela se contorcia mais e mais, molhando tudo
As pernas nem eram apoiadas em lugar algum e mesmo assim tremiam como sre levasse 3 sacos de cimento nas costas
Eu me diverti com aquilo
Quando ela se amoleceu de vez por cima de mim, já sem forças, foi a minha vez de brincar no corpo dela
Abracei ela puxando pra cima
Meti forte
Estava muito molhado
Ela se desculpou pela "sujeirada" que tinha feito
Eu disse que aquele molhado era lindo
Meti forte a mão naquela buceta, puxando uma dose daquele molhado, passei bem entre as nadegas dela, cheguei a lubrificar a porta do cu dela
Depois puxei tudo e meti em minha boca
Ela adorou ver aquilo
Molhei mais ainda nossos beijos com aquilo
O pau entrou reto, senti topar no fundo
Soquei forte nela
Agora era minha vez de trabalhar
Me coloquei por cima
Abri as pernas dela
Um tornozelo coloquei do lado da minha cabeça
O outro segurei bem firme abrindo bem as pernas dela e segui metendo
O cheiro e a molhaçada era delicioso
Seguimos virandoe metendo por mais de hora
Logo que pude, virei ela de bunda pra cima
Abri bem as nadegas até enxergar a buceta ensopada
Meti o pau ali e meti o polegar bem dentro do cu dela
Achei que teria resposta negativa de imediato mas ela se empinou, preparando pra ir mais fundo
Tirei o pau da buceta
Peguei uma dose do mel delae derramei no cu
Recoloquei o pau na buceta
Agora eu metia o polegar no rabo dela bem facilmente
Ela adorou
Logo tirei o pau e esfreguei na porta melada do cu dela
Pra logo meter tudo ali
Ela finalmente deu a resposta negativa
Disse que não estava vontade pra isso
Eu joguei meu peso todo por cima dela e meti um pouco
Babei no pescoço dela
Ela implorou pra eu parar que iria doer demais e ela nunca gostou
Parei
Mas o dedo seguiu ali
Assim ela gostava
E tudo que me deixa mais excitado é ver a parceira excitada
Viramos e metemos mais, até que anunciei minha gozada
Meu pau doia de tão duro
Puxei as duas mãos dela pra trás
Segurei bem firme
Ela sendo magra, conseguia segurar os 2 pulsos apenas com uma mão
A outra mão eu jogava meu peso bem na lombar dela, forçando a empinar bem a bunda
Meu pau ia bem fundo
Quando eu sentia ele latejando de tesão meti fundo e segurei lá dentro
Despejei todo meu leite dentro dela
Fiquei parado como se estivesse mijando dentro dela
Ela sentia a pulsada e se torcia de tesão
Que foda deliciosa!
Nos jogamos na cama
Lavados de suor
Quando secamos um pouco o suor ela me abraçou
Dizendo que tinha gostado
Pois teve medo de não ser o suficiente pra mim
Eu ri alto!
-Acho que toda essa porra escorrendo de ti prova justamente o contrário, certo?
Foi uma bela foda mesmo
Houveram mais umas até tudo desandar
Nem falamos mais
Mas o sotaque e as pernas compridas eu lembro muito bem!

terça-feira, 21 de maio de 2019

Saudades de um amigo

Eu conheci ele eu tinha já 24 anos
Eu era um jovem metalúrgico com sonhos e incertezas
Já era pai, ja tinha tido umas 6 bandas, já tinha algumas tatuagens, já tinha a hérnia de disco e o ombro fudido
Não é meu amigo de infância
Meu amigo de adulto
Eu entrara a pouco na empresa que ficaria por vários anos
Poucos dias, ainda bem tenso
Turno sa noite
Das 22 as 6 e alguma coisa...
Toca o telefone e eu atendo
Uma voz grosseira e velha, me xingando como se eu devesse algo a ele
Fiquei esperto, poderia ser mais uns dos meus possíveis vários chefes no emprego novo
Depois de uns dias eu descobri
Era um ex-funcionário que voltaria a empresa
Rui
Nome curto de grosso
Igual ele
Grosso
Mas não tão curto
Alemão do bigode laranja
As costas das mãos eram peludas
Ele era mais alto que eu, deveria medir 1,90
Fala e descrições limitadas
Sabia tudo do maquinário e das peças
Tudo
Muito mais que eu
Me ensinou muito do serviço,  materiais, tipos de aço, ferramentas de corte, velocidade, tudo
Nunca negou ensinamento a ninguém que fosse humilde e perguntasse
Ríamos juntos dos que se achavam espertos e tentavam fazer tudo sozinhos e se fudiam!
Meu amigo
Depois, numa empreitada minha como tatuador
Tatuei a filha dele
O filho dele
A irmã dele
E ele morria de medo de se riscar
Vivemos tantas aventuras em uns 11 anos trabalhando juntos
Que demoraria demais pra explicar
As boas histórias sempre eram envolvidas com álcool após o expediente
As ruins eram discussões
Eternas e longas discussões
Ele foi um dos 2 que me apoiaram a entrar pro sindicato e me firmar no meio político com os colegas
Se hoje eu falo firme ao microfone e sou aplaudido ao final da fala
Por toda a empresa que me olha firme durante o discurso
Boa parte disso é culpa dele
Que tanto brigou comigo
E brigava quase todo dia pelas (quase sempre) mesma coisas
Sindicato, empresa, comida, café (que eu nem tomo) peças,  máquinas, chefias, política
Tudo ele brigava comigo
Tinham dias que eu evitava de falar ou ir perto dele pq eu sabia que ele iria certamente brigar comigo
E brigava
Se eu não fosse ele viria
E brigava, xingava e me ameaçava de muitas coisas
Agora revendo tudo na minha mente alcoolizadinha eu percebo
Eu poucas vezes alterei minha voz com ele
E olha que meu sangue fervia demais ouvindo tudo aquilo
Mas eu sem perceber respietava ele
Muito
Uma vez teve uma greve
Muitos não foram
O presidente do sindicato disse que quem fosse trabalhar aquele dis seria um verme
E um outro indicado ao sindicato fez algumas coisas na manhã
E foi a empresa
Depois ele chamou o cara de "verme do sindicato" por meses
Todo maldito dia ele falava isso
Irritava quase todos a volta dele
E eu mesmo irritado junto com todos gargalhava vendo o que ele causava aos outros, ignorando minha própria irritação

Foram anos nesse ritmo
Brigas e mais brigas
Um belo dia o fiscal da segurança do trabalho, visitou a empresa e interditou várias máquinas
Inclusive a minha e a dele
(Que eram igualmente tornos, mas o dele bem pequeno, o meu enorma, 400mm e 4000mm)
Eu tinha a estabilidade do sindicato nas costas
Ele era "velho", uns 52 anos
Trabalhara a  vida toda com a mesma máquina
Não sabia fazer outra coisa
Logo a empresa definiu não atualizar as máquinas
Demitiu ele e mais 2
Eu fiquei
Sobrei ali dentro pela estabilidade que ele me ders indiretamente
Uns meses e ele procedsou a empresa
Se foi demitido por a máquina ser interditada, deveria ganhar insalubre nesses anos, e não ganhara até então
Fui testemunha dele
Saímos da seção
Ele e o genro dele me levaram alguns km de carona, desci e fui pegar meu bus
Foi a última vez que vi ele vivo
Mais uns meses e meu telefone toca numa quarta a noite
Era o número dele me ligando as 23:40
Atendi feliz pela ligação
Voz de mulher jovem
A sobrinha dele
Me avisando
"...o tio Rui morreu a umas 3 horas.... ataque do coração. Caiu em casa e ao chegar a ambulância já estava morto..."
Eu disse que iria ao velório dele no dia seguinte e desliguei
Avisei aos grupos da empresa
Todos mandaram seus respeitos a família
No outro dia fui lá
Família sempre risonha parecia estar numa festa
Mas esse jeito fazia eles ficarem bem sempre
Era legal estar ali
Entrei na capela
Ele morto e frio num caixão
Quieto
Não me xingou
Não brigou comigo
Eu fiquei olhando
Eu nem sabia o que sentir
Apenas mastigava o choro e o engolia de volta, a seco
Eu aprendi tanta coisa com sle que nem consigo medir ou pesar
Que tristeza ver aquilo
Sai a rua e sentei numa pedra
Falei com a familia dele que eu já conhecia
Era uma quinta perto do meio dia
Não almocei aquele dia
Segui minha vida

Meses depois as máquinas foram tiradas do lugar
Agora uns jovens trabalham ali naquele lugar
Eu não passo um dia sem olhar ali e comentar algo dele...
Que saudades dele brigando comigo
E me mostrando que a vida era bem pior do que eu imaginava...
Saudades...

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Uma noite fresca pra chorar

3 de maio
Sexta-feira
Fim do verão
Mesmo assim um dia bem quente
Fui ao sindicato
Sexta é um dos dias que a fábrica me liberou da marreta e do ferro pra atividades sindicais
As vezes quase sempre acho que sou um maldito sortudo por isso
Enquanto eu acordo as 9 pra ir ao sindicato numa sexta
Meus colegas acordam as 5 pra bater marreta das 7 as 16
Mas as vezes, quase nunca
Algum elogio vem do nada
Semana passada o jurídico do sindicato
Com uma excelente representante de uma índole indiscutível me elogiou
Dizendo que faço bons comentários em situações necessárias de negociações com patronal
Cstegoria que quer sempre nos esmagar
Mesmo sem perceber que estão SE destruindo junto
Mas é do jogo
Esse elogio me curou
Eu vinha passando por dias terríveis dentro de mim mesmo
Me aliviou
Muito me questiono se faço o certo
Isso me ajudou
E me faz pensar que rstou onde estou
De poder acordar as 9 numa sexta
Por mérito, e não sorte
Foi uma sexta típica no sindicato
Sendi destruído por um governo totalitarista e de extrema direita, estamos ficando sem verba para a luta e cada vez enxugando mais os gastos
A atividade de hoje foi analisar a mudança da sede e algumas outras questões a ver com isso
Foi uma tarde tensa
Lá pelas 17 o tempo se armara pra uma grande tempestade
Fim do espediente
Fui na casa de uma amiga qie mora ali perto
"Uma mulher que eu to comendo"
Penso comigo mesmo que seria um gatilho certo para não se apegar, apesar de eu gostar dela
E um machismo ridículo
Fui
Deitei ao lado dela e dormimos por uma relaxante hora inteira
Ao acordar, perto das 19, fui a sala ver tv e beber algumas latas
Ela sempre tem cerveja pra me agradar
Fiquei ali alguns minutos vendo Simpsons
Aquela familia americana e amarela sempre me diverte
Perto das 20 a carona dela ao litoral chegaria
No sábado cedo pegarei meu filho na entrada do serviço da mãe dele
Vou pra casa!
Me despedi e peguei mais uma lata lacrada e bem gelada
Levei as 3 vazias ao lixo
Uns bjs
Umas promessas
Fui!
Caminhando como gosto
Desfrutando do bairro que eu mesmo tanto adoro conviver
Voltei a pensar nas finanças
Essa merda de governo está nos fudendo!
Fora isso, envolveram grande parte da categoria de trabalhadores nisso
Com mentiras e enganações
Mas muitos cairam no papo dele
Vamos nos mudar
O nosso prédio, sede da entidade tem uns 50 anos
Reformado várias vezes, mas ainda é o mesmo, no mesmo endereço
Meu avô era metalúrgico e sindicalizado
Minha mãe foi um tempo
Eu sou metalúrgico e sindicalista
Meu vô me contava de alguns feitos de sua época
Greves e conquistas
Andava uns 35 km de bicileta, ida e volta do trabalho, por dia
Por anos
Mesmo aposentado
Trabalhou até 36 hrs antes de morrer
Aos 72 anos
Um exemplo a família toda, que pouco foi seguido
Aquele prédio que minha mãe descreve que brincava pelo corrimão da escada
Aa paredes todas devem ter histórias absurdas
De luta
De perdas
De sangue
E de festas
As festas acabaram a muitos anos, pois a região virou nobre e residencial ao decorrer das décadas
Fiquei pensando na ironia de que um trator
Montado por trabalhadores da nossa categoria
Vai destruir nossa sede
Boa parte da história
Nessas poucas quadras lenatei a cabeça e olhei para um céu da noite
Agora, pós tormenta, bem estrelado
Pensei que aquele mesmo céu meu avô deveria ter visto muitos anos, indo trabalhar de madrugada
Ou fazendo hora extra até bem tarde
O céu da zona norte da capital lambia aquele prédio velho
Eu fui até a esquina e fiquei alguns instantes admirando
Chorei
Pensando o quanto meu avô lutou por aquilo
O quanto tantos e tantas lutaram por aquilo
E justo na minha geração vai ser derrubado
Destruído
Mas depois de me sentir fraco e impotente perante isso
Gargalhei
Pensei no quanto já evoluímos desde então
Um prédio não é nada
Apenas um símbolo e um gigantesco guardador de coisas
E mais nada
O símbolo vai cair
A ideologia sim não pode morrer
Jamais
Me senti enfim feliz de saber que posso não fazer tudo que eu deveria pela classe
Mas faço tudo que eu posso e consigo
Meu avô teria orgulho de mim
Pela bicicleta
Pela profissão
E pela luta!
Me sinto aliviado
Preciso mijar e por a cerveja toda fora!